Pára-Raios Radioactivo: Protecção ou Perigo?

Desde a década de 50 e até aos anos 80, os pára-raios radioactivos foram largamente utilizados para protecção contra descargas atmosféricas. Estes captores ionizantes, foram desenvolvidos com a finalidade de antecipar o raio e definir o percurso da descarga. No entanto, o seu uso passou a ser condenado por comprometer a segurança de pessoas em virtude do risco de contaminação e exposição à radiação emitida.
![]() | Os efeitos no organismo humano devido à radiação afectam os órgão vitais, sobretudo os rins, pulmões, ossos e tiróide, levando a alterações genéticas, mutação e destruição das células. |
O elevado estado de degradação destes sistemas devido a longos períodos sujeitos às condições atmosféricas (chuva, vento, corrosão, captação de raios) aumenta drasticamente o perigo de contaminação de pessoas e ambiente. | ![]() |
![]() | Na década de 80 surgiu então legislação que proíbe o fabrico de
dispositivos deste género. A recolha e o armazenamento dos captores radioactivos deve respeitar as directrizes básicas de Radioactividade, sendo essencial os cuidados especiais no manuseio destes artefactos por técnicos capacitados e treinados através de empresas especializadas para evitar o risco de contaminação. |
Certificação
Estes dispositivos são encaminhados aos órgãos responsáveis que confere um certificado de recolha e tratamento do material e de rastreabilidade do local instalado de acordo com o Despacho nº7714/2002 (2ªSérie) de 13 de Abril. O incumprimento deste procedimento é punível por lei.
A QEnergia, desenvolveu a sua actividade nesta área, estabelecendo uma cooperação com o ITN (Instituto Tecnológico e Nuclear), investindo na aquisição de equipamentos que permitem realizar serviços respeitando os mais elevados padrões de segurança de acordo com a lei vigente, apostando também na formação dos seus colaboradores.
A falta de informação sobre os pára-raios radioactivos instalados e o desconhecimento geral sobre a problemática associada a estes dispositivos obsoletos face à actual tecnologia de pára-raios ionizantes, a QEnergia tem realizado um trabalho que visa sensibilizar e alertar para os perigos através da divulgação de artigos técnicos e levantamento dos captores mais comuns em Portugal:
Os pára-raios de Amerício-241 correspondem a 95% dos dispositivos radioactivos instalados.
![]() | ![]() |